sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Nova safra do Beaujolais Nouveau é festejada mundialmente

Pessoa serve o Beaujolais Nouveau 2013 em 21 de novembro, em Paris

Da França ao Monte Fuji, o "Beaujolais nouveau", que saiu nesta quinta-feira, foi degustado com entusiasmo pelos amantes do vinho, apesar da queda nas expectativas vivida nos últimos anos.

Muita fruta, crocante, fresco e leve. O Beaujolais Nouveau 2013, que não fermentou mais do que alguns dias é, como sempre, feito a partir da uva Gamay (Gamay noir à jus blanc) procedente de 18.000 hectares de vinhas plantadas em Beaujolais, centro-leste da França.
Considerado por seus detratores como um "vinho industrial", de qualidade medíocre e sem relação com os prestigiosos Beaujolais-Villages vindos de "crus" como Brouilly, Chiroubles e Saint-Amour, o "noviço" tenta recuperar um pouco de sua nobreza.
"Este Beaujolais Nouveau me dava um pouco de medo porque a colheita foi tardia, mas ele acabou se mostrando muito robusto, com perfumes de amoras, framboesas e um pouco de cereja", resumiu o escritor francês Bernard Pivot, especialista na uva.
A saída do Beaujolais Nouveau é muito mais "um acontecimento do que uma bebida", ironizou o também escritor britânico Hugh Johnson, renomado especialista de vinhos.
Entre a Casa Branca e o Congresso norte-americano, uma loja de vinhos, a Local Vine Cellar, se rebelou contra a festa anual, organizando uma celebração contraria, a "Anti-Beaujolais Nouveau Celebration" com a degustação somente de grandes vinhos.
Na capital da Bélgica, a tradicional estátua do Manneken Pis urinava - no lugar da habitual água - um líquido vermelho escuro, como homenagem ao vinho francês.
No Japão, o ritual anual foi celebrado numa estação termal próxima ao Monte Fuji, com a proposta de um banho de Beaujolais Nouveau - supostamente benéfico para a pele - em associação com uma degustação.
Beaujolais no café da manhã
O Japão é o primeiro importador do Beaujolais Nouveau, com 8,8 milhões de garrafas no ano passado, três vezes mais que os Estados Unidos. O mercado deste vinho está crescendo na China, e Cingapura já virou fã.
Na Europa, o efeito "Beaujolais Nouveau" já virou demodê em alguns países. Nada muito além de alguns festejos aqui ou ali. Alemanha e Polônia, por exemplo, já não participam mais do entusiasmo.
A Rússia manteve seu interesse, "o mesmo há 19 anos", segundo a assessoria de imprensa da rede de lojas especializadas no vinho "Aromatnïï Mir".
Em Londres, onde vive uma grande comunidade francesa, o vinho parece também perder fama, embora vez ou outra seja a estrela de bares que promovem "Beaujolais breaksfasts" (cafés da manhã).
Em 2012, cerca de 100 milhões de garrafas de Beaujolais foram comercializadas em todo o mundo, incluindo 32 milhões de Beaujolais Nouveau - a metade exportada para cerca de 110 países.
Fonte: AFP

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